segunda-feira, 27 de abril de 2009

Quer que Desenhe?


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O que eles têm à dizer sobre este gráfico:
"Estamos em um processo de recuperação de perdas. Esta recuperação será demorada, mantidos os atuais parâmetros" José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobrás.

"Quando aumentamos o diesel e a gasolina em maio de 2008, o barril de petróleo estava ainda bem longe dos US$ 140 a que chegou depois. E neste período não repassamos este valor. Acumulamos uma perda que ainda está sendo compensada". Paulo Roberto Costa, diretor de abastecimento da Petrobrás.

Nenhum agiota siciliano exigiria tantas compensações por algum benefício monetário. A Petrobrás está impondo oito meses para recuperar perdas de menos de dois meses e com margens significativamente superiores à estas perdas.

terça-feira, 21 de abril de 2009


Sem mencionar a auto suficiência, "O Brasil é o único país que, em meio à crise, não baixou juros nem preço da gasolina" Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).

"A diferença de preços na Brasil está na casa dos 59% para a gasolina e 40% para o diesel acima da média mundial". Nelson Rodrigues de Mattos, do Banco do Brasil Investimentos (BBI)

"Estamos em um processo de recuperação de perdas. Esta recuperação será demorada, mantidos os atuais parâmetros" José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobrás, 20/03/2009, sem nunca ter informado o valor das "perdas"

"Não há esse posicionamento da Petrobrás" disse Dilma Rousseff no dia seguinte, desmentindo o presidente da estatal. Dilma, que também é presidente do Conselho da Petrobrás, negou que a empresa está mantendo os preços elevados com o objetivo de recuperar perdas. 21/03/2009

Afinal, a ministra Dilma Roussef está certa. É uma grande mentira mencionar alguma perda à esta altura dos fatos. Quando a Petrobras promoveu o último aumento de preços, o barril rondava os US$ 115. A partir daí, foram apenas dois meses de perdas, período em que o barril chegou a U$ 147 e caiu para menos de U$ 100. As perdas alegadas pela estatal são da ordem de U$ 1.5 bilhão, de acordo com estimativas do mercado. Analistas calculam que estas perdas foram recuperadas ainda entre outubro e novembro do ano passado, quando o petróleo atingiu a casa dos U$ 40 e vem se mantendo estável desde então. Ou seja, A petrobrás atuou menos de dois meses (julho e agosto) com o barril de petróleo U$ 32 acima de suas metas e dois meses (outubro e novembro) com o barril U$ 75 abaixo. Tempo mas que suficiente para recuperar as perdas alegadas.
"O preço não vai baixar porque não subiu", José Sérgio Garbiellli, no senado, omitindo o aumento no dia 30 de maio do ano passado de 10% para a gasolina e 15% para o diesel, por ocasião da alta do petróleo no mercado externo.

"Se alguém quiser gasolina por um preço melhor, vá comprar lá fora!”. José Sérgio Gabrielli.

"Baixar preços dos combustíveis é uma tarefa complicada". Dilma Roussef.

"Não dá pra baixar os preços dos combustíveis porque a Petrobras contribui muito com o superávit primário do governo" Presidente Lula 27/03/2009.

"A Petrobras deixa de contribuir para o superávit primário do governo federal a partir de hoje". Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo 14/04/2009.

"A gasolina no Brasil é mais barata que água" - José Sérgio Gabrielli 24/03/2009.

"A Pterobrás não sofre pressão alguma". José Sérgio Gabrielli, sobre a pressão dos coaminhoneiros para baixar o preço do diesel. 15/04/2009

"Não vendemos combustíveis para caminhoneiros, mas sim para as distribuidoras". José Sérgio Gabrielli, 15/04/2009

"Realmente, o preço do diesel está impactando demais a economia. Já está na hora de a Petrobrás mexer nesse valor" Dilma Roussef para os caminhoneiros 15/04/2009

"Precisamos reduzir o preço dos combustíveis" Presidente Lula

"Tudo isso é tema que está sendo pensado. Nós precisamos reduzir. Todo mundo sabe disso, a Petrobras sabe disso". Lula, sobre os altos preços dos combustíveis no Brasil.

"Não podemos calçar um santo e descalçar o outro". O presidente foi bastante claro sobre quem deve ser favorecido: o consumidor que continue financiando os projetos de compra de votos do governo, através de programas sociais fajutos.

"Os interesses dos acionistas da Petrobras estão sempre em primeiro lugar" José Sérgio Gabrielli. 17/04/2009

"Os investidores nunca devem ser prejudicados por uma ou outra decisão, seja do acionista majoritário, o governo, seja da direção da empresa". José Sérgio Gabrielli, sobre uma possível redução nos preços dos combustíveis. 17/04/2009

"No mercado financeiro existem movimentos para a privatização. Eu fui diretor financeiro durante 2 anos, fiz, literalmente, centenas de reuniões com o mercado financeiro e ouvi várias propostas aqui. Do mercado, não do governo". José Sérgio Gabrielli.

Apesar dos absurdos destacados acima, o governo imagina que o brasileiro não se importa em pagar a gasolina mais cara do mundo. Afinal, a conexão com a internet aqui é a mais lenta e mais cara do mundo e todos pagam sem reclamar. De mesmo modo, os brasileiros pobres, remediados e ricos pagam as tarifas de telefonias fixa e móvel mais caras do mundo. Temos também os automóveis mais caros do mundo. O brasileiro, por exemplo, não se importa de pagar por um Fiat Uno o mesmo que o americano paga por Honda Civic ou Toyota Corolla. Sem contar os eletrônicos mais caros do mundo, os impostos mais caros do mundo. etc. Por outro lado, é possível imaginar que o brasileiro tem a seu dispor os melhores serviços do mundo nas áreas de sáude, educação, segurança pública, infra-estrutura, saneamento básico, etc.